O olhar sereno esconde a personalidade inquieta de um dos chefs mais promissores do Nordeste. Com 16 anos de carreira iniciados no restaurante da própria família, estudando foi abrindo espaços com pisadas sólidas. Passou pelo restaurante do Makro já em 2005, em 2006 cursou nutrição, e em 2008 foi para o Rio de Janeiro cursar a faculdade de gastronomia da Estácio/Alan Ducasse.

Foi chef no Chateau D’Yville Surseine por lá. Voltou a Aracaju em 2011 para trabalhar como chef do Mercure Hotel (hoje Delmar). De lá, assumiu a gerência de A&B do Quality. Em 2015 abriu, em sociedade, o Terra Tupi. E em 2018, em vôo solo, é o nome por trás do La Grelha, sua melhor obra. Foi lá que conversamos.

TAC: O que Leu e o La Grelha tem em comum?
LEU: O amor à Grelha, não só pelo amor e aroma das carnes mas sobre o desejo de servir boa comida utilizando a grelha como a parte principal do menu.

TAC: Como é ser chef e dono de restaurante?
LEU: É louco mas amo. Acompanhar todos os processos da casa, desde contabilidades até criação de menu… uma labuta diária que exige muita responsabilidade mas vivendo esse processo noto que todo dia posso aprender um pouco mais!

TAC: Como é o processo criativo do chef Leu para o La Grelha?
LEU: Movido pela criação de um cardápio que possua praticidade tendo em vista o público do Foodpark sob influência de uma cozinha de brasserie.

TAC: Quais os projetos futuros de Leu para o La Grelha?
LEU: Torná-lo uma das referências da gastronomia sergipana.

TAC: O que os clientes mais amam no La Grelha?
LEU: A costela no bafo. E nossos pratos que levam a costela como o risoto e aperitivos como a batata rústica coberta de costela desfiada acompanhada de um chop gelado e ambiente agradável que dispomos.

TAC:…pra isso tudo, dá tempo de se relacionar bem com os fornecedores?
LEU: Sim, faço questão de ir às compras e estabelecer esse contato para garantir sobretudo a manutenção da qualidade dos produtos.

TAC: Vc é um caso claro de que dá pra fazer comida muito boa a um preço muito justo. É difícil fazer isso?
LEU: Sim. Não é fácil alinhar custos, impostos, mão de obra, aluguel, condomínio e o produto, claro. É importante estar dentro da operação para diminuir custos e ainda para evitar o desperdício na preparação, procurar bons fornecedores com preços justos e claro, estabelecer um contato diário com o divino rezando todos os dias para que consigamos fechar a conta (risos). De verdade: não é fácil!

TAC: Pra quem o La Grelha foi feito?
LEU: Para todo mundo (risos) mas principalmente para pessoas que gostam de comer e beber bem independente de sua faixa etária.

TAC: Vc se sente realizado?
LEU: Me realizo quando abro as portas do La Grelha e posso ouvir depoimentos felizes sobre o que as pessoas comeram. Me realizo saber que aquilo que sirvo pode compor momentos felizes para as pessoas que visitam o La Grelha. E a medida que me realizo nesse sentido, a responsabilidade e o compromisso para com isso surge imediatamente na mesma proporção. E se realizar sonhos é sinônimo de “sentir-se realizado” …sim, a concretização do La Grelha faz parte de um  sonho. Um sonho ainda maior. Falando em sonho…já provou o nosso “sonho”?

TAC: Já provei sim. E também provei a coxinha caramelizada (spoiler) que cê tá aí fazendo mistério pra colocar no novo cardápio.
LEU: (risos
)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O La Grelha está instalado no Carrara Food Park, na Rua Niceu Dantas com Napoleão Dórea, e funciona de terça à domingo das 18h às 23h, sendo que nas sextas, sábados e domingos também no almoço.

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