
Estamos chegando na metade do terceiro ano do governo do presidente Lula (PT) com a sensação de “Déjà vu”, ou seja, com uma gestão completamente sem direção e extremamente comprometida com denúncias de corrupção. É mais do mesmo! Por conta destes excessos e desmandos, o petista foi parar na cadeia, assim como uma série de aliados naquilo que ficou conhecido como o maior esquema de corrupção da história do Brasil: o Mensalão!
Diante da liderança conservadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a “única alternativa” para confrontá-lo naquele momento por parte de seus adversários era Lula e coube ao Supremo Tribunal Federal (STF) “lavar as mãos” e permitir que o petista conseguisse ficar elegível para disputar e vencer as eleições de 2022. Agora, três anos depois, a impressão é que o presidente petista já não aspira mais a confiança em boa parte dos seus apoiadores do pleito anterior.
Assim como em Sergipe, o Partido dos Trabalhadores atravessa uma crise de credibilidade e parece perder força em quase todo o País; outros partidos de Esquerda, como o PSOL, ainda apoiam, mas com certa desconfiança; o PDT, após o escândalo do INSS e a queda do ministro Carlos Lupi, já reavalia continuar apoiando o governo Lula. Partidos de Centro como o PSD, Republicanos e o União Progressista (fusão de União Brasil com o Progressista) também sinalizam para uma certa independência…
Enquanto isso quem parece governar o País, de fato, é o Poder Judiciário (leia o STF), com decisões colegiadas, mas quando necessário, com um estilo monocrático e ditatorial do ministro Alexandre de Moraes. “Alijado” de seus poderes, o presidente da República parece inerte apenas “contempla” as determinações dos magistrados. O “contraponto” fica sob a responsabilidade do Congresso Nacional que, com boa representação conservadora, se impõe antes às fragilidades do governo e pressiona o STF.
Sem um “plano B” para 2026, setores da Esquerda apostam todas as fichas que Lula vai suportar tantos ataques, tantos desgastes e indícios de corrupção. Tentam “empurrar com a barriga” todos os problemas e fazer com que o tempo passe rápido, inclusive com a conivência de setores da “grande mídia” que visivelmente omitem parte da realidade para impedir que a oposição (leia Jair Bolsonaro) cresça em popularidade junto ao eleitorado brasileiro.
Enquanto a nossa economia sofre com tanta instabilidade, com a alta nos preços dos alimentos e dos itens básicos, inclusive com a perda assustadora do poder de compra e as dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo do País, somos governados por uma “rainha da Inglaterra”, que nem se impõe diante dos excessos do Judiciário e nem tem força política e popularidade para pressionar o Congresso Nacional. Quem discorda ou vive uma realidade paralela ou está muito bem “contemplado” pelo governo Lula…
Por Habacuque Villacorte, da equipe CinformOnline.