Empresas sofrem para achar mão de obra especializada para administrar o serviço conhecido no mundo como cloud computing

Já ouviu falar em computação em nuvem ou melhor, cloud computing? Trata-se de um serviço onde dados são guardados em servidores, via internet, em algum lugar no mundo, e administrados por uma empresa que atua neste mercado. É como um gigantesco pen drive conectado a um dispositivo o tempo todo, que virou a solução real para empreendimentos que buscam trabalhar de forma ágil, segura, eficiente e, claro, a baixo custo. 
“Quando temos uma informação na nuvem é porque ela está simplesmente na internet. São servidores em algum lugar no mundo conectados à internet para guardar dados dos usuários que fazem contratação do serviço”, explica Ricardo Torres, especialista em Redes de Computadores.

O especialista exemplifica: “Quando você vai armazenar dados de uma empresa, mantém uma rede com alguns servidores, estrutura. Mas, quando essas informações vão para as nuvens, não precisam desses servidores na empresa. Elas estão na internet. Você pode ir para qualquer lugar do mundo e estarão à disposição”.

ECONOMIA FINANCEIRA
Cloud computing é sinônimo de economia de dinheiro para as empresas. “Quando você compra um equipamento, um servidor, planeja-se o uso do equipamento por um período de tempo, geralmente cinco anos. Depois disso, compra-se de novo”, afirma Ricardo. Ou seja, na nuvem, não é necessário mais fazer esse investimento alto.

Pensando no crescimento deste mercado, empresas sergipanas da área de Tecnologia da Informação – TI – investem para oferecer serviço em nuvem, tornando-se parceiras de grandes provedores como Amazon, Microsoft, IBM. Por aqui, não há corporações que disponibilizem isso diretamente, visto que se trata de algo caríssimo e que traz rentabilidade apenas em alta escala.

“Em Sergipe está havendo uma mudança de paradigmas no que diz respeito na forma de armazenar os dados. O que antes se armazenava na empresa, agora, delega-se a outra empresa especializada nisso”, informa Ricardo. No mercado há aproximadamente 20 anos, a Innovax IT é uma dessas corporações que estão investindo em disponibilizar cloud computing.

MERCADO DE TRABALHO

Com a computação nas nuvens, arquivos eletrônicos são guardados em servidores, via internet

“Desde 2012 estamos investindo nisso. Hoje, somos parceiros da AWS (braço da Amazon) e da Microsoft também. A computação em nuvem é um mercado que cresce cada vez mais, mas é uma demanda inicial aqui em Sergipe”, afirma Adler Ismerim, proprietário da Innovax IT – que tem filial em São Paulo – e atende clientes de Aracaju, São Paulo, Maceió, Recife e Salvador.

Mesmo o mercado de fornecimento de computação em nuvem sendo um pouco incipiente em Sergipe, a busca por profissionais especializados em cloud computing é constante. “Apesar dos dados estarem em outro provedor, outro lugar, a empresa que contrata este serviço precisa fazer uma gestão, de mão de obra especializada”, afirma Ricardo.

“A medida que se coloca dados nas nuvens, precisa-se de alguém que tenha a capacidade de analisar o volume de tráfego, a quantidade de informações que está sendo manipulada para projetar e planejar a rede para suportar isso”, explica o especialista em redes.

ESPECIALIZAÇÃO

Proprietário de uma empresa de TI, Adler Ismerim é parceiro de duas plataformas de computação nas nuvens

Quem mexe com cloud computing, claro, precisa ter formação em algum curso de TI, como Ciências da Computação, Sistema da Informação, Rede de Computadores. “Profissional que trabalha com esta tecnologia deve ser altamente especializado. Recomendamos formação superior e uma especialização, sem ser pós-graduação”, afirma o proprietário da Innovax IT.

Adler revela que: “é difícil achar um profissional pronto a trabalhar com nuvens. Todos da nossa empresa foram preparados dentro de casa”. Ele explica que cada plataforma – a exemplo da Amazon, Microsoft – tem uma formação específica, que pode ser feita pela internet. É importante apenas que a pessoa tenha conhecimento em inglês.

Formado há dois anos em Gestão de Tecnologia da Informação, Wallace Oliveira, de 29 anos, não deixou a oportunidade passar e se especializou. “Faço parte de uma empresa de TI e lá utilizamos muitos servidores na nuvem. Para isso, procurei cursos. Fiz um oficial da AWS, da Amazon, para poder administrar a plataforma”, afirma.

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