Autorizadas pelo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B), em junho de 2017, as obras de infraestrutura no loteamento Moema Mary ainda não foram concluídas. Segundo a placa fincada na Rua D do loteamento, sete ruas deveriam receber esgotamento sanitário, calçadas e paralelepípedo.

A equipe de reportagem do CINFORM foi até o loteamento na Zona Norte da capital e constatou que trabalhadores estavam em serviço na Rua D. Porém, a poucos metros dali, moradores das ruas adjacentes sofreriam com a lama, poeira e esgoto a céu aberto. Segundo uma moradora que preferiu não se identificar, a situação das ruas piora quando chove.

Obras completam apenas sete ruas do loteamento e estão atrasadas (Foto: Vieira Neto)

“Depois dessa obra, a minha casa quase enche. A água desce do morro e, ao invés de seguir direto até a Euclides Figueiredo, ela entra nas ruas que não têm calçamento. Essa semana o pessoal da rua teve que se juntar para tapar os buracos que se formaram. Quando chove a rua vira um lamaçal e quando está sol tem muita poeira”, comenta.

Segundo o líder comunitário Márcio Vieira, a previsão para o fim da obra era de seis meses após o seu início, ou seja, em maio deste ano. No entanto, até o momento, apenas cinco ruas foram calçadas.

Procurada pela reportagem do CINFORM, a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) afirmou que 25% da primeira etapa da obra já está concluída e que obedece ao cronograma inicial, com previsão de término no mês de agosto.

Por meio de nota, a Emurb afirma que dez ruas do loteamento receberão a implantação da rede de drenagem pluvial, rede coletora de esgotos, terraplenagem, pavimentação e urbanização nesta primeira etapa, além da contenção do morro. No entanto, apenas sete das doze ruas receberiam as obras de acordo com a placa.

ESGOTO A CÉU ABERTO

Esquina das ruas D e F limitam até onde vai a obra (Foto: Vieira Neto)

Em uma das principais vias do Moema Mary, os moradores da Rua L são obrigados a conviver com esgoto a céu aberto que corta praticamente toda a via. Quando não passa próximo à calçada, ele passa no meio da rua.

Além do grave risco que os moradores correm de pegar doenças graves pela falta de tratamento do esgoto, como diarreias, vômitos, verminoses e leptospirose (“a doença do rato”), os moradores da região convivem com o mal cheiro e com a presença de animais e insetos, como ratos e escorpiões.

Segundo a Emurb, a Rua L receberá as obras de infraestrutura apenas na segunda etapa da obra que ainda não tem data para começar. “A segunda etapa das obras vai contemplar a infraestrutura nas ruas L, K, G-1, D-1, J, F e E, quando serão investidos cerca de R$ 3,5 milhões. Os recursos estão garantidos e a Emurb aguarda apenas a autorização da Caixa Econômica Federal para realizar a licitação”, afirma através de nota.

 

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