Tutores tem dado cada vez mais comidas naturais para seus cães

Nos últimos anos, a preocupação com a alimentação saudável vem ganhando força e fazendo com que a indústria alimentícia se modifique. Porém, essa mudança de hábito não se limita aos seres humanos. Cada vez mais tutores tem buscado na alimentação caseira e natural uma qualidade de vida cada vez melhor para os seus cães.

Dra. Juliene Oliveira é nutróloga veterinária

Segundo a nutróloga veterinária Juliene Oliveira, todos os cães podem ter esse tipo de dieta, mas o tutor precisa ficar atento a alguns pontos importantes. “É necessário que o tutor tenha o compromisso de seguir à risca o que se prescreve nas quantidades adequadas e lembrar sempre de adicionar o suplemento prescrito”, comenta.

A nutróloga alerta para o fato de que um veterinário especializado em nutrição animal deve formular a dieta, isso porque a alimentação precisa atender às necessidades mínimas dos 46 nutrientes essenciais à manutenção da vida do cão, além de não contém nenhum alimento e condimentos tóxicos ao animal.

“Muitas vezes os tutores veem algo internet e tomam aquilo como única verdade, sem ao menos procurar saber a origem da informação e já vai tocando por conta própria a alimentação do pet sem ao menos consultar um profissional para poder orientá-lo de forma correta. Muitas vezes é melhor permanecer na ração (por mais inferior que seja) do que trocar para “alimentação natural” sem balanceamento e suplementação”, alerta.

MELHOR QUALIDADE DE VIDA

Bátima apresentou melhoras após a nova dieta

Uma alimentação saudável e balanceada tem como o melhor benefício para os cães uma palatabilidade mais aguçada, além de aumentar a ingestão de água por dia por conta de o alimento ser úmido em comparação a ração, a possibilidade de diversificação de cardápio, e em casos de algumas doenças o único tratamento é a mudança de alimentação.

Como é o caso da bulldog francês Bátima, de quatro anos e 11 meses. Desde muito pequena, a cadelinha apresentava muitas alergias alimentares que se apresentavam, principalmente, na pele. Sua tutora, Vera Canário, conta que já naquela época se pensou em trocar completamente a ração por alimentos naturais, mas ela foi contra.

“Eu acreditava que o preparo dava muito trabalho, não poderia se ausentar por muito tempo, mas hoje, tem sido algo muito tranquilo aqui em casa”, comenta.

Em janeiro deste ano, Bátima começou a apresentar uma série de problemas intestinais, que culminaram em uma cirurgia. Um pedaço do seu intestino foi retirado, além do baço e de um terço do seu pâncreas. Mas, apesar do sucesso da cirurgia, os problemas persistiam até que se chegou ao diagnóstico de enterite histiocitária granulomatosa, comum em cães dessa raça.

“Após o diagnóstico, o veterinário a encaminhou para uma nutróloga e a essa altura eu já tinha me convencido de que a alimentação natural era uma boa saída. Ela comia uma ração que tinha que ser encomendada e mesmo com os remédios, ela ainda não estava saudável”, lembra Vera.

Aliya e Bátima

Poucas semanas após o início da dieta, Vera comemora a melhora de Bátima. Comendo batata doce, cenoura e tilápia três vezes ao dia, por ainda estar em uma dieta restritiva, ela voltou a se alimentar direito e começou a ganhar peso.

Mas não foi só Bátima que gostou da nova alimentação. Aliya, uma cadela sem raça definida um ano mais velha que a pequena bulldog, acompanha a dieta da “irmã”, mesmo sem apresentar nenhuma doença.

“Claro que Aliya não tem restrições. Ela ainda está consumindo o restante da ração que tínhamos, mas a própria Juliene, sabendo do gosto dos animais pela dieta caseira, orientou que déssemos um pouco do peixe com batata para ela também, e, sem dúvida, ela adorou!”, comenta.

ALIMENTOS PROIBIDOS
Juliene Oliveira lembra que alguns alimentos jamais devem ser oferecidos aos cães por serem extremamente tóxicos para o seu organismo. “Alguns alimentos são tóxicos aos pacientes como chocolate, café, carambola, uvas e uvas passas, abacate, cebola e alguns condimentos. Por esse motivo é importante ter cuidados para não dar restos de comida, pois por muitas vezes podem conter algum ingrediente tóxico aos cães”, alerta.

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