Por Edvar Freire Caetano
O Brasil atravessa um dos mais desafiadores momentos de sua história. Tudo começou, todos sabem, a partir de uma herança de dívidas e desemprego, forte desaceleração da economia, enfim, uma recessão quase nunca vista na história deste país. Foi assim o apagar das luzes de 2018.
Uma expressiva parcela da população, aliás, a sua maioria acreditou na eliminação do arcabouço político que espolia o Estado, através da eleição de um sujeito avesso à corrupção e ao descalabro moral que grassa nas últimas décadas pela Pais, sob o manto obscuro de uma indigesta doutrina cognominada de o “Politicamente Correto”.
Mas, desafortunadamente, abateu-se sobre o mundo e, particularmente, sobre o Brasil a malsinada pandemia do novo coronavírus, um obscuro e invisível filamento de DNA, sem vida própria ¬ é o que dizem os cientistas¬, mas que retirou o sono, o equilíbrio e abalou os alicerces da política e da economia nacionais.
Depois dos encantados incêndios da Amazônia, em 2019, a grande mídia e os desencantados sorvedouros do tesouro do Estado serviram-se da pandemia para desestabilizar o governo e impedir o presidente, façanha de que não conseguiram êxito.
Qualquer governante desta terra Brasil enfrenta, além dos percalços dessa economia que se debate para emergir da crise, uma batalha particular para andar em uma permanente tábua de graxa, sem escorregar.
Bolsonaro, depois de meses de resistência, mostrou que tem couro grosso para enfrentar, suportar e superar as bordoadas, vindas de todos os lados que se sentiram desprovidas das velhas mamatas, regalias apropriadas aos áulicos que tinham assento permanente ao lado do rei.
Por aqui, Belivaldo, que tem pescoço grosso, também passou por cima de ataques, ameaças e achaques ao seu governo e ao seu nome, e inicia agora a navegar por mares mais tranquilos, ainda mais recebendo essa injeção de R$200 milhões para recuperação de estradas, uma das mais recorrentes ¬ e mais justas ¬ queixas de prefeitos, vereadores, população e jornalistas sergipanos.
Há expectativa de mais recursos para aportar em Sergipe. Fala-se de mais R$360 milhões, e tudo isso aponta para dois anos de recuperação da economia e de fortalecimento de toda a cadeia produtiva, inclusive com geração de milhares de empregos, uma vez que o declínio da pandemia indica dias melhores para todos os brasileiros.
A planta de petróleo e gás, as reservas minerais do Estado, o impacto da termelétrica da Barra dos Coqueiros, tudo isso empresta um sorriso largo para os governantes de Sergipe, que caminha no passo de Bolsonaro, o mais novo apaixonado pelas potencialidades de curtíssimo prazo este pequeno grande Estado, que ele classificou como “um novo Israel”.