Capítulo Riomar Shopping
Imagine a Coca-Cola como uma commoditie, que no linguajar da economia se refere a produtos de qualidade e características uniformes – é o caso – e que não são diferenciados de acordo com quem os produziu ou de sua origem, sendo seu preço uniformemente determinado pela oferta e procura. Existem commodities agrícolas, como o café, o trigo. Existem as minerais, como o ouro, o petróleo. A gente vai trabalhar com a boa e velha Coca-Cola em vários lugares da cidade pra tentar descobrir as variações de preço desse produto único.
O primeiro ‘país’ a ser avaliado: o Riomar Shopping. Afinal, quanto pode custar o mesmo produto dentro daqueles 52 mil metros quadrados de área construída?
Enviamos o ex-jogador da Ponte Preta (SP), Alexandre Pilom, com seus dois joelhos operados, pra essa pesquisa mais aprofundada que o Censo do IBGE.
Em um dia, o ex-jogador do Vitória (BA), percorreu uma a uma as lojas de fast foods, cafeterias, docerias e restaurantes em busca do valor da Coca-Cola lata.
O ex-jogador do Joinville (SC), não foi no GBarbosa. “Ninguém bebe Coca-Cola lá dentro”. Tolinho. Deve ter sido por isso que tomou bola nas costas. “Nem fui no McDonald’s por que lá só na máquina, no Cinemark também”.
Vamos aos números com limão e gelo e copo descartável? Foram 27 lojas, 20 delas no 2o piso.
Da mais barata à mais cara Coca-Cola lata, a diferença foi de 53%. Grave esse número por que a gente vai no Jardins também, no Shopping Prêmio, na Orla de Atalaia, pra avaliar que ‘país’ mantém mais desigualdades no valor dessa commoditie.
Senzai, Nacib, Adega Café, Casa do Pão de Queijo e Massapé são as quatro lojas que tem o produto abaixo de R$ 5,. Outra quinze, ficam entre a faixa de 6 à 5 reais. E três lojas, ultrapassam os R$ 6: Delta Expresso, Baviera Haus e a grande campeã, Casa Alemã e sua Coca-Cola lata de R$ 6,90.
Confira o gráfico.