Houve um tempo, e não vai tão longe assim, em que esportes como surfe e skate eram coisas de marginais, maconheiros, vagabundos.

Jovens, adolescentes, quando bem-nascidos escondiam suas origens se quisessem participar das “tribos”. Escondiam dos pais e dos novos brothers, porque a origem desses novos praticantes precisava ser ocultada, tanto para serem bem acolhidos nas tribos quanto para não ser descobertos pelos pais.

Aqui se fala dos anos 1980/90, quando pais preocupados com as amizades e com o futuro de seus filhos não queriam nem saber desses esportes, muito menos das “más companhias” dos seus praticantes.

O programa de televisão “Armação ilimitada” ajudou muito a elevar o surfe, mas não retirou o estigma de esporte de maconheiros. Já com relação ao skate, foi preciso o sucesso de alguns brasileiros nos Estados Unidos para que os programas esportivos de televisão começassem a valorizar, com o surgimento dos primeiros grandes patrocinadores.

Daí até as olimpíadas foi um salto, inclusive por se tratar de esportes com forte apelo entre adolescentes e jovens, como foi o caso da encantadora maranhense Rayssa Leal e sua performance em Tokio, bem como do rio-grandense-do-norte Ítalo Ferreira no surfe, justamente os dois esportes mais estigmatizados pela sociedade.

Ambos foram eleitos esportes olímpicos, trazendo para o Brasil as sonhadas medalhas, prêmios tão disputados pelas nações.

Termina assim o histórico preconceito contra dois esportes que nasceram da plebe, que conheceu heróis anônimos do público, construtores por décadas de uma obra finalmente reconhecida, enquanto as lojas de produtos esportivos no Brasil estouram suas vendas de pranchas de surfe e skates, estes últimos celebrando um aumento de 6 vezes na procura.

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