Organizar a casa e mantê-la assim não é uma tarefa tão fácil no dia a dia corrido, pois há sempre aquela gaveta da bagunça, ou aquele lado do guarda roupa que está desorganizado, e que é sempre deixado de lado. Com isso, peças de roupas e objetos somem na hora que você mais precisa. Porém, para solucionar esses e outros problemas relacionados com a organização é que surgiu a profissão personal organizer.

A Personal Organizer Priscila Randow explica um pouco mais sobre a profissão que tem crescido no Brasil. “A profissão vem para trazer mais praticidade, mais tempo para a pessoa levar organização, visualização, vem para também melhorar o consumo das pessoas. Quando a casa está desorganizada a pessoa não consegue ver que está tendo um consumo maior, e também [conta] na parte da sustentabilidade. A partir do momento que você consegue ter uma casa organizada, automaticamente você consegue ter o controle da sua casa e consegue perceber o que tem”.

Priscila explica que a arrumação pode ser realizada para diversos tipos de clientes, como, por exemplo, em lojas, estoques de estabelecimentos, mas a procura maior é para organização de guarda-roupas.

“O personal organizer trabalha com etapas, então, primeiro a gente vai à casa do cliente, avalia qual o problema, tenta identificar o que a cliente precisa. Se é acumulação, se é organização, às vezes é porque o cliente não tem tempo mesmo, a pessoa até tenta ser organizada, mas com filhos e trabalho falta tempo. Depois de fechar o orçamento e o contrato, nós vamos para a etapa do desapego, que não é obrigatório, mas a gente indica porque às vezes as pessoas guardam muitas coisas, acumulam. Depois vamos para fase da categorização, na organização, é semelhante com semelhante, e cada item tem a sua casinha, tem o seu lugar para depois achar. Depois a gente organiza com diversos organizadores, gabaritos, dobras específicas e por último a gente faz a identificação, que é deixar tudo etiquetado”, explica.

No Brasil há cerca de dois mil profissionais de organização, sendo que a maioria se encontra nas regiões Sudeste e Sul do país, no Nordeste está começando a crescer agora. Priscila Randow comenta um pouco sobre o mercado sergipano.

“Em Sergipe, o mercado ainda não tem uma procura muito grande, infelizmente, porque ainda as pessoas não conhecem, têm receio, até por valor, ou porque a gente vai mudar a organização da casa. Há confusões nos valores, porque as pessoas confundem com uma diarista de limpeza, ou às vezes confunde com arquiteto e decorador, a gente vai organizar e quer que decore”, destaca.

Organização

A personal organizer dá algumas dicas para começar a organização em casa. “A primeira dica é padronizar, por exemplo, uma padronização de cabides, parece algo estético, mas vai muito além. Porque a partir do momento que você consegue padronizar os cabides, ou por tamanho, ou por cor, você consegue visualizar mais a roupa do que o cabide, quando ele está bagunçado acaba atrapalhando a percepção da roupa”, conta.

A setorização é uma das melhores formas de organizar, segundo Priscila. “Eu gosto também de deixar as roupas agrupadas por grupos, roupas de festa, roupas de trabalho, manga comprida com manga comprida, manga curta com manga curta, vestidos em um local, e por cores, do mais escuro para o mais claro, do mais claro para o mais escuro. Porque toda vez que você usar o mapa mental, quando você vai se arrumar é muito mais fácil e você não perde tanto tempo na hora de se arrumar”.

Priscila destaca que deixar as peças visíveis é prático. “Outra dica é que organização é sinônimo de visualização, então, não adianta empilhar tudo no guarda roupa e não visualizar, porque você não vai utilizar. Já existem estudos que dizem que nós só usamos vinte por cento do que a gente tem, que os outros 80 estão no fundo da gaveta, no fundo do armário e aí você acaba comprando, achando que não tem nada e na verdade você tem. Na hora de dobrar, se não for camiseta que amassa você pode colocar em caixas, organizadores e todas em pé, em vez de empilhar”, explica.

Mudança de vida

A gerente contábil do Cencosud, Rosiney Souza, contratou o serviço de personal organizer em 2016 e desde então mudou a sua vida. “Nunca pensei que pudesse viver isso na minha vida, mas hoje estou aqui realizando um bazar com quase 99% de minhas peças, o que parecia impossível. Tudo começou atraves de um trabalho de personal organizer no meu closet, a partir dai começou o processo de organização não só das peças, mas de todo o meu interior. Hoje eu consigo fazer o processo de desapego com uma leveza e felicidade fantástica”, destaca.

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