A Polícia Civil deu início à entrega do primeiro lote de celulares furtados ou perdidos durante o Pré-Caju 2024 e que foram recuperados em ações das forças de segurança pública de Sergipe. Os aparelhos passaram pelo processo de catalogação, e a Delegacia de Turismo (Detur) identificou as vítimas e as contatou para devolução dos celulares. A entrega dos aparelhos – para as vítimas contactadas pelos contatos fornecidos em boletim de ocorrência ou intimação formal – teve início nesta terça-feira, 19, na Detur.

Conforme explicado pela delegada Luciana Pereira, o trabalho teve início no ano passado, já no Pré-Caju 2023. “Percebemos que alguns grupos agiam aqui e vinham de outros estados, sendo associações de pessoas que se reuniram com o propósito de furtar celulares em festas. Começamos o trabalho investigativo, e alguns grupos foram identificados. Assim, começamos o monitoramento”, contextualizou.

Com a continuidade do trabalho para o Pré-Caju 2024, foram estabelecidas equipes investigativas e mais de 100 celulares foram recuperados. “E agora estamos fazendo duas frentes de trabalho, sendo uma delas identificar os donos dos celulares, que não é um trabalho fácil pois os criminosos acessam os aparelhos. Embora a prioridade seja a venda do aparelho, eles tentam acessar contas”, acrescentou Luciana Pereira.

Para viabilizar a devolução, a Detur atuou com processos complexos, pois os criminosos retiram o chip e colocam em outro aparelho para utilizá-lo, conforme descreveu Luciana Pereira. “Muitos aparelhos estavam bloqueados sem a identificação Imei visível, então a gente precisou oficiar as operadoras. Somente com tudo feito dentro dos trâmites legais é que a gente consegue identificar os aparelhos e as vítimas”, detalhou a delegada.

Satisfação com o trabalho da polícia
Dentre as pessoas que tiveram os celulares recuperados está o autônomo Manoel Messias Lima. Ele relembrou que, após a passagem de um bloco, notou que o celular não estava mais no bolso da bermuda. “O bolso tinha dois botões, que até eu tinha dificuldade de abrir, mas furtaram o celular. Estou aliviado, e é importante saber que a polícia está fazendo um trabalho de qualidade”, expressou o autônomo.

Para a empresária Débora Fontes, que também teve o celular furtado, o trabalho da polícia foi rápido e resultou na recuperação de um bem muito importante. “Eu estava em um bloco com uma bolsa pequena para não colocar celular dentro short e quando voltei para encontrar com a turma, não encontrei mais o celular. Recuperar o celular foi um presente de natal, porque, praticamente, minha vida está nesse celular”, narrou.

O cordeiro de bloco Bruno Santos também foi vítima de furto do celular e ficou aliviado com a recuperação do aparelho pela Polícia Civil. “Eu estava trabalhando na corda do sábado e quando percebi já era tarde. Para mim, saber que teria o celular de volta foi uma alegria. Esse trabalho ajuda, pois a gente trabalha tanto e perder o celular assim”, comentou o cordeiro que trabalhou no Pré-Caju 2024.

Avaliação da organização do evento
Para o advogado da organização do Pré-Caju, Nilson Socorro Junior, o trabalho das forças de segurança pública demonstraram o comprometimento com a tradicional prévia carnavalesca de Sergipe. “Não houve ocorrências graves, e o ponto alto do trabalho da polícia foram as duas operações referentes à apreensão de celulares furtados e também relacionada à falsificação de abadás”, ressaltou.

No tocante à atuação da segurança pública na recuperação dos celulares furtados, Nilson Socorro Junior enfatizou que o trabalho foi de suma importância para garantir a sensação de segurança do Pré-Caju. “A prova disso foi a apreensão de mais de cem celulares. Todo esse trabalho da polícia passa a sensação de segurança, e quem veio mal-intencionado para o evento, ano que vem já não volta”, reforçou.

Combate à falsificação de abadás

Além da operação que resultou na apreensão dos celulares furtados, a Polícia Civil também atuou na identificação de tentativas de falsificação de abadás. Segundo a delegada Luciana Pereira, os investigados prometem o abadá abaixo do valor de mercado. “Ou eles trazem o maquinário para falsificar o abadá, ou levam um original para outro estado e trazem os falsificados. Neste ano, investigados vieram a Sergipe, compraram abadás originais e foram interceptados já em Pernambuco”, finalizou a delegada.

Fonte, Secom – Estado.

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