O prefeito Edvaldo Nogueira empossou, nessa segunda-feira, 23, os membros do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres. Os conselheiros – titulares e suplentes – exercerão o mandato por dois anos, gerindo a unidade de conservação. Criada em abril deste ano, pelo decreto nº 6775, a reserva integra o projeto do complexo habitacional Mangabeiras com 1.102 casas no bairro 17 de Março. Para o prefeito, a constituição do conselho “demonstra o comprometimento da gestão com a sustentabilidade”.

“Esse é um ato singelo, mas com grande significado. Este conselho terá um grande papel, uma vez que será através dele que a Reserva Extrativista Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres será gerida. Será um órgão que terá voz e que contribuirá de maneira significativa para a preservação da área, que foi criada  a partir  de estudos realizados juntamente com entidades e com participação da comunidade local, para atender às urgências ambientais. Deste modo, com a posse dos conselheiros, estamos dando mais um importante passo neste projeto, tão importante e especial para a nossa cidade”, afirmou o prefeito.

Edvaldo ressaltou também que, com a criação da Reserva Extrativista e do Conselho Deliberativo para gerência da unidade de conservação, “Aracaju passa a ser exemplo para o Brasil”. “Nenhuma cidade fez o que estamos fazendo aqui. Ao todo, são três reservas que faremos em nossa cidade, a das Mangabeiras, a do Rio Poxim e a do Lamarão. E ao mesmo tempo, mantemos o nosso compromisso com o desenvolvimento e com a inclusão social, porque, no caso do projeto das Mangabeiras, também construiremos unidades habitacionais diminuindo as desigualdades sociais. Portanto, mais do que mostrar a importância de se preservar, estamos demonstrando que é possível unir desenvolvimento e sustentabilidade.  E este é o projeto que temos para a nossa capital”, reiterou.

Formado por representantes de órgãos do poder público, de pesquisa, ambientais e  comunidade, o Conselho Deliberativo será responsável por decisões sobre a utilização da reserva, incluindo a aprovação do seu plano de manejo. Ele é composto por, cinco membros titulares, empossados nesta segunda. São eles: Fernando Mendonça (representante da Guarda Municipal de Aracaju), Bruno Moraes (representante da Emsurb), Teresa Cristina Santos Góes (representante da Emurb); Fábio Lira das Candeias Oliveira (representante de organizações da sociedade civil na área de defesa e proteção do meio ambiente) e Genésio Tamara Ribeiro (representante de organizações da sociedade civil na área de ensino, pesquisa ou extensão). O representante da comunidade extrativista ainda não foi indicado.

“É um conselho de grande qualidade e com experiência para contribuir com a preservação da reserva, visto que os membros possuem atuação expressiva na gestão pública e do meio ambiente. Com a posse dos conselheiros, estamos dando passos muito concretos dentro do nosso projeto, com avanço substancial na preservação ambiental da cidade, que tem se tornado, cada vez mais, sustentável. Com o comprometimento da gestão municipal, esforço do nosso corpo técnico e a atuação dos nossos conselheiros, faremos desta reserva um exemplo para o país”, expressou o secretário do Meio Ambiente de Aracaju, que presidirá o conselho, Alan Lemos.

A reserva

A Reserva Extrativista Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres ocupa uma área de 94 mil metros quadrados e tem o objetivo de assegurar o uso sustentável e a conservação da mangaba, protegendo os meios de vida e a cultura da comunidade que dela faz uso para fins de extrativismo da mangaba. A reserva será utilizada pela comunidade extrativista, pelas futuras gerações, além de outras destinações compatíveis com a natureza da reserva, definidas na legislação e no Plano de Manejo, que diz respeito sobre o diagnóstico completo das condições de fauna, flora, solo e geologia da região, fundamental para que haja efetiva proteção e usufruto econômico exclusivo das 38 famílias, tradicionalmente catadoras de mangaba, já cadastradas pela Secretaria Municipal da Assistência Social.

“A importância da área como reserva de conservação é ímpar, não tem como não valorizar uma área dessa. E quando se envolve a mangaba e a comunidade que ali vivia, envolve os pontos que são, praticamente, o tripé  do desenvolvimento  sustentável, social e econômico de uma cidade. É um projeto grandioso para Aracaju e para as pessoas que estão envolvidas dentro do circuito das mangabas em Sergipe”, avaliou o professor Genésio Tamara Ribeiro.

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