Iniciativa da Polícia Militar lançou neste ano um projeto literário de conscientização por meio da poesia
Agrevida é um projeto da Polícia Militar de Sergipe criado pelo policial tenente Alexandre Soares em 12 de setembro de 2017. Desde a criação, o projeto desenvolve suas atividades nos municípios de Campo do Brito, Frei Paulo, Itabaiana, Macambira, Malhador, Moita Bonita e outras regiões do estado. O projeto já atendeu mais de 25 mil pessoas nos quatro anos de existência. Ao todo, 1.190 profissionais estão envolvidos na iniciativa que tem por objetivo a promoção de políticas públicas de prevenção e conscientização da sociedade pautado em quatro pilares: combate às drogas, pedofilia, suícidio e violência, com foco na violência doméstica.
Dentre as atividades do projeto, está a Ronda Agrevida, que atende mulheres com medidas protetivas, e a prevenção nas escolas, realizando um trabalho de conscientização no combate às drogas e à violência, além do trabalho social com doação de cestas básicas às famílias necessitadas. Desde o ano passado, o Projeto Agrevida teve que se reinventar por causa das medidas de enfrentamento à Covid-19.
Muitas ações que antes eram presenciais passaram para um novo formato por meio de lives, mas o trabalho não parou. No dia 29 de maio, houve o lançamento do livro Agrevida – Projeto Literário, um material didático que, por meio das cores da bandeira do projeto, aborda as temáticas violência doméstica, suicícidio, pedofilia e drogas. O tenente Alexandre Soares, coordenador do Agrevida, destacou que a iniciativa tem o foco de atuar de forma preventiva, fornecendo orientações à comunidade.
“O Projeto Agrevida foi criado de um aprimoramento do Moita Vida, na cidade de Moita Bonita. Esse trabalho pedagógico soma-se às atividades de policiamento ostensivo do 3º Batalhão de Polícia Militar. Quando você antecipa as informações sobre violência doméstica e de todos os nossos pilares, consequentemente você contribui para a redução da violência naquele município. O objetivo é fortalecer a mente do cidadão. Quando você fortalece a mente daquela criança, daquele jovem, consequentemente ele torna a sociedade mais justa”, salientou.
O tenente Alexandre Soares detalhou que o projeto é composto de três etapas, que vão desde a formação de multiplicadores da mensagem do projeto até o encontro com a comunidade após a realização das atividades do Agrevida. “O projeto tem três etapas. A primeira é o curso de formação de agente multiplicador, onde eles recebem orientações, participam de palestras sobre diversas temáticas e depois tem a incumbência de difundir a nossa cultura de paz. Na segunda etapa, nós saímos de escola em escola e de comunidade em comunidade, palestrando sobre temáticas específicas. A terceira etapa, que eu digo que é uma das melhores, é a caminhada pela vida, em que reunimos todos os participantes com a sociedade e fazemos o fechamento do projeto naquela cidade”, explicou.
Dentre as atividades do Projeto Agrevida, está a Ronda Maria da Penha Agrevida, que fornece o acompanhamento às mulheres vítimas de violência doméstica e também trabalha na conscientização de que a violência doméstica é crime e está prevista na Lei Maria da Penha. “Foi criado no dia 18 de novembro de 2019 a Ronda Agrevida Maria da Penha, onde fazemos o trabalho pedagógico com os homens. Quando você antecipa as informações para aquele cidadão, quando você leva a ele que não pode cometer violência doméstica. Ele vai ter consciência de que aquilo é errado”, reforçou.
O Projeto Agrevida também conta com uma iniciativa literária, criada neste ano de 2021, conforme contou o tenente Alexandre Soares, coordenador do Agrevida. “Foi lançado no dia 29 de maio, o Projeto Literário Agrevida, que é uma forma de conhecer a iniciativa através de poesias. Firmamos parcerias com algumas academias de letra de Sergipe e vários escritores deixaram a sua marca no livro. Espero que consigamos, acima de tudo, levar a mensagem através da poesia para a sociedade”, revelou.