As férias acabaram e muitos pais entram em desespero com a dúvida de como manter uma alimentação saudável das crianças e adolescentes no lanche escolar. Às vezes, na pressa, pode acontecer de pais e cuidadores orientarem os escolares para que procurem as lanchonetes ou aquelas famosas “banquinhas” para comprar lanche na hora do intervalo. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense 2015) apontam que 54% dos estudantes de escola pública e 92% das particulares relataram que tinham cantina ou ponto alternativo de venda de lanches no interior ou entrada das instituições. Entre os alimentos citados que poderiam ser adquiridos nestes lugares estavam, as guloseimas como balas, confeitos, doces, chocolates, sorvetes, dimdim, sacolé, chupe-chupe, refrigerantes e salgadinhos industrializados.

Produtos ultraprocessados, como estes, contribuem com uma elevada densidade energética, possuem menor quantidade de fibras, vitaminas e minerais; excesso de gorduras, açúcar e/ou sódio na alimentação dos escolares destes estudantes. Eles são prejudiciais na saúde, principalmente na ocorrência de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), como obesidade, o câncer, diabetes, hipertensão, obesidade e as cardiovasculares.

“Uma alimentação saudável evita que ao longo dos anos as crianças e adolescentes desenvolvam  problemas que irão atrapalhar a qualidade de vida deles. Por isso, é fundamental que os pais insiram alimentos in natura ou minimamente processados na lancheira das crianças, para que elas possam ter um futuro com mais saúde”, pontuou a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa.

Para incentivar a alimentação adequada e saudável na hora do recreio, o Ministério da Saúde recomenda que os pais e cuidadores, junto com as crianças e adolescentes, façam um planejamento semanal dessas refeições. Deve-se, sempre, levar em conta a necessidade de alimentos fontes de energia, de preferência integral ou rico em fibras, que aumentam a saciedade da criança, como sanduíches naturais, pães caseiros, cookies integrais, batata doce cozida, milho cozido, pipoca de panela, aveia, frutas, entre outros.

Além disso, pode-se optar, preferencialmente, por alimentos regionais e produtos básicos, in natura ou minimamente processados, tendo as frutas, como uma das principais opções, já que são excelentes fontes de vitaminas e minerais. Os legumes e verduras, também, podem ser adicionados à lancheira de forma divertida com variedade de cores e sabores como a cenoura, beterraba, tomate e alface, entre outros, tornando esse processo de escolha dinâmico e divertido. Prefira sempre as frutas, verduras e legumes da estação para compor a lancheira dos pequenos.

Para a bebida, a água é uma boa opção, mas também podem entrar na lancheira a água de coco, sucos de frutas natural ou chás gelados feitos em casa, evitando-se o consumo de sucos de caixinha ou em pó, achocolatados e outras bebidas ricas em açúcar livre, gordura e aditivos como corantes e conservantes. É importante lembrar que deve-se usar uma lancheira térmica, que conserve a temperatura adequada no transporte dos alimentos, evitando assim que eles estraguem.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NOS MENORES DE 2 ANOS

Para crianças menores de dois anos as preparações que levam açúcar não devem compor a lancheira destes pequenos. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde têm orientado a não consumir açúcar antes de dois anos de idade. Sendo assim, deve-se evitar o consumo de preparações feitas com açúcar e bebidas como sucos de caixinha ou em pó.

QUANTIDADE CONSUMIDA 

Outra dúvida, dos pais e cuidadores, é sobre a quantidade que a criança ou o adolescente pode consumir nesta refeição. A recomendação é de que a qualidade e a quantidade do lanche sejam adequadas à necessidade diária e que o tamanho das porções seja ajustado conforme a idade e capacidade gástrica da criança.

O controle do peso corporal é outra forma simples e eficiente para saber se a quantidade de alimentos consumida está adequada. A alimentação, além de saudável, deve também ser saborosa.  Lembrando sempre da variedade de cores e sabores, tornando esse processo de escolha dinâmico e divertido.

MUDANÇA DE HÁBITOS 

O incentivo para uma alimentação adequada e saudável e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Em 2017, o Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. O compromisso foi de deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta até 2019 e ampliar no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.

Outra ação para a promoção da alimentação saudável é a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela sua abordagem integral, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável baseada principalmente no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.

Fonte – Agência Saúde/ Ministério da Saúde/ por Victor Maciel

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