As queimaduras não são as únicas consequências resultantes do contato com águas-vivas, em alguns casos podem acontecer choques neurogênicos

Com a chegada do verão ocorre o aumento das águas-vivas no litoral brasileiro, um fenômeno natural nesta época, por ser o período em que se reproduzem. Porém, o crescimento desses animais marinhos nos mares, também conhecidos como medusas ou caravelas, significa mais pessoas atingidas e requer atenção e cuidados.

De acordo com o médico cirurgião geral e plantonista da cirurgia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marcos Rogério Kroger Galo, a lesão não é uma queimadura propriamente dita, tecnicamente trata-se de uma reação alérgica intensa reacional à toxina da água-viva que evolui com forte ardor, vermelhidão e desconforto na região afetada.

“Deve-se sair imediatamente da água, lavar o ferimento com água e sabão e colocar um pouco de vinagre. Água gelada alivia os sintomas. Em seguida procurar o atendimento médico clínico na urgência, principalmente se a área atingida for grande e o desconforto intenso. Jamais colocar xixi, pois pode causar a contaminação da área. Geralmente em 24 horas o desconforto cessa, mas nos pacientes mais alérgicos a atenção precisa ser maior” orienta Dr. Marcos.

Atualmente, existem cerca de 1500 tipos de águas-vivas catalogadas. Elas possuem consistência gelatinosa e o que causa os ferimentos são os tentáculos que liberam toxinas na pele. Essas toxinas são usadas por elas, como defesa e para captura de suas presas, de acordo com a espécie. É importante frisar, ainda, que as águas-vivas podem queimar mesmo depois de mortas, por isso não convém tocar nestes animais, mesmo que estejam na areia da praia. Caso fique algum tentáculo no ferimento, é importante tirar com cuidado, utilizando uma pinça.

As queimaduras não são as únicas consequências resultantes do contato com águas-vivas, em alguns casos podem acontecer choques neurogênicos, frutos da descarga de grande volume de líquido peçonhento no sistema nervoso central. “Se ocorrer com você ou com alguém próximo, mantenha-se calmo e procure um agente do Corpo de Bombeiros ou socorrista que estiver por perto. Lave a área como recomendado e procure a urgência”, diz o especialista.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Projeto Bolsa Atleta Estadual é aprovado na Alese

    O Projeto de Lei nº 338/2024, que institui o programa [...]

  • Sergipe vai sediar seminário de desenvolvimento técnico-científico em educação permanente no SUS

    A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da [...]

  • Em fase decisiva, Campeonato Sergipano de Karts chega na sua quarta etapa no próximo dia 28

    O Campeonato Sergipano de Karts, principal competição da modalidade no [...]

  • Zona de Processamento de Exportação atrairá empresas e novos investimentos para Sergipe

    Entre as várias medidas que têm sido tomadas pelo Governo [...]

  • CONVITE à imprensa em geral, aos escritores, às escolas, aos intelectuais, aos artistas, à sociedade em geral.

    Nos dias 25, 26 e 27 de outubro próximo (2024), [...]