Sukita é novo presidente estadual da sigla, diz
que quer ser “empregado do povo em Brasília” 

Por mais que os posicionamentos politicamente corretos da atualidade insistam em manter a política de boa vizinhança, para contar a trajetória que fez com que Manoel Sukita, ex-prefeito de Capela e pré-candidato a deputado federal em 2018, chegasse ao comando do PHS em Sergipe, na última quinta-feira, 23, é necessário colocar o dedo na ferida: o sistema partidário brasileiro, para muitos já falido, se tornou terreno fértil para movimentações de bastidores repletas de “puxadas de tapete” e traições.

Senão, vejamos: em 2015, quando assumiu o comando do PTN, atual Podemos, Sukita encontrou uma agremiação sem nenhuma representatividade em Sergipe. Trabalhou, hipotecou seu nome e liderança e, depois das eleições de 2016, viu o partido chegar ao comando de duas prefeituras – Capela e Japoatã –, fazer considerável número de vereadores e se estabelecer em 52 cidades.

Quando 2017 chega, Sukita foi “convidado” a sair da presidência do Podemos, abrindo espaço para o comando do atual secretário de Inclusão Social, Zezinho Sobral, em uma ação de gabinete comandada pelo presidenciável paranaense, senador Álvaro Dias, e chancelada pela presidente nacional do Podemos, Renata Abreu.

“Só tenho a agradecer à Renata pela oportunidade de mostrar o que poderíamos fazer na organização de um partido. Pois foi isso o que me permitiu, agora, chegar ao comando do PHS”, diz um politicamente correto Sukita. E essa tranquilidade dele encontra respaldo no presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, que esteve na cerimônia de posse da nova diretoria do partido em Capela. “Quem vai decidir os destinos do PHS em 2018 é a direção estadual, capitaneada por Sukita”, garante Eduardo.

NACIONAL E LOCAL

Para exemplificar a razão de o partido dar essa autonomia às executivas estaduais, Eduardo Machado exemplifica. “Podem até achar ruim, mas o que falo é verdade. Existem três tipos de partidos no Brasil: os sérios, no qual se enquadra o PHS. Os venais, quando a direção local decide apoiar fulano, mas um beltrano, insatisfeito, vai lá em cima com uma mala de dinheiro e destitui a direção local. E os de cabresto, quando o beltrano insatisfeito liga para governador, para ministro, e consegue que o partido mude de posição. Esses últimos dois exemplos não se aplicam ao PHS”, diz Eduardo, destacando que, ao assumir a agremiação há seis anos, ela não possuía nenhum deputado federal – atualmente são sete –, passou de 12 para 100 prefeitos – incluindo aí o da capital mineira, Alexandre Kalil, atualmente o candidato melhor colocado na disputa para o Governo de Minas Gerais, segundo pesquisas. “E faremos muito mais. Para deputado federal, queremos chegar a 20. E Sergipe é parte desse projeto”, afirma Eduardo, referindo-se à pré-candidatura de Sukita para a Câmara.

Mas existem as questões locais, a exemplo do deputado estadual Augusto Bezerra, que não foi eleito pela sigla, nem a presidia, mas se constitui no nome de maior expressão do PHS sergipano.

Pré-candidato a manter sua cadeira na Assembleia Legislativa, Augusto, em seu sexto mandato, durante o evento que empossou Sukita no comando da sigla, demonstrou felicidade. “É muito importante que se faça uma política de somação. Eu nunca fui dono de partido e nunca tive partido para negociar. Nesse tempo no PHS nunca presidi, apenas entendo que é importante ter o comando de um partido para poder fazer política, pois ninguém pode ser candidato sem estar filiado”, destaca Augusto.

Quanto à chegada de Sukita ao comando do PHS, o deputado estadual se mostra entusiasmado. “Vejo com tranquilidade, ele é uma grande liderança e tem possibilidades reais de ser nosso deputado federal”. Questionado sobre a possibilidade real de novos filiados ao PHS serem fortes concorrentes à Assembleia, Augusto vai no popular. “O partido é uma agremiação que está aberta a vários candidatos. E como diz a sabedoria popular: “quanto mais vacas, mais bezerros””, afirma, entre risos.

Além das presenças de lideranças populares, vereadores, secretários municipais e populares, o evento em Capela teve a participação da prefeita de Capela, Silvany Sukita. Eleita pelo PTN/Podemos, Silvany acompanha o marido na nova empreitada partidária. “É um desafio. Vou pedir a Deus que me dê forças de fazer esse trabalho burocrático, de organização, como fizemos no Podemos. E agora podendo mostrar o fruto do nosso trabalho aqui em Capela. Vou me dividir, mas vamos conseguir realizar no PHS tudo o que for necessário para torna-lo um grande partido”, reforça Silvany.

Sukita garante estar preparado para o desafio de fazer o PHS crescer em Sergipe. “Se não tivéssemos feito o que fizemos no Podemos, eu não poderia estar recebendo essa segunda chance. E só tenho a agradecer a Deus pela oportunidade. E em relação ao que fala o Eduardo (Machado), sinto que essa nova oportunidade é aquela história do cara que, como se diz, fulano de tal derruba ele, mas Deus o levanta. Eu me sinto assim. E quero muito voltar a ser empregado do povo, ter minha carteira de trabalho assinada pelo povo. E tem um ditado que diz que “Sukita é o povo e o povo é Sukita”. O que nós precisávamos fazer era ter uma casa, um partido, um número, que agora é 31. Isso nós conseguimos. E agora vamos trabalhar”, finaliza Sukita.

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