A matemática do toma lá dá cá para proteger membros da quadrilha do governo no Palácio do Planalto está funcionando que é uma maravilha. Numa comprovação de que a democracia brasileira é tão vagabunda que vale tudo para obstruir a justiça e manter bandidos no poder fora da mira da lei e da justiça e com a aquiescência do STF, o governo de Michel Temer deu início a caça às bruxas nos cargos federais que estão nas mãos de apadrinhados de parlamentares que se posicionaram a favor das investigações contra o Presidente da República.
Pelo menos os nomes de 40 cargos federais – expectativa é a de que esse número possa dobrar nos próximos dias – serão substituídos em todo o país. Temer vai trocar os apadrinhados dos deputados aliados que votaram, na Câmara, a favor dele ser investigado pela Polícia Federal, por nomes escolhidos por parlamentares que votaram contra a investigação
A ABIN – Agência Brasileira de Inteligência, além da Casa Civil, estão mapeando os nomes dos ocupantes de cargos federais para ver de quem são indicados e, a seguir, procederá as exonerações daqueles cujos políticos que lhes davam sustentação tenham votado a favor da investigação.
O Presidente da República seria investigado por corrupção passiva, em acusação formalizada ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República, após o rumoroso caso em que ele teve uma conversa comprometedora gravada por Joesley Batista, executivo-chefe de um dos maiores conglomerados empresariais do país atolado até o pescoço em falcatruas e corrupção ativa.
Cargos federais em Sergipe
Em Sergipe, com a decisão do deputado federal aliado do governo, Laércio Oliveira (SD), de votar contra Temer e a favor da investigação, os cargos federais do estado agora estão nas mãos de dois únicos parlamentares: o deputado federal André Moura (PSC), líder do governo Temer, e do deputado Fábio Reis (PMDB), os únicos de Sergipe que votaram a favor de Temer e contra a investigação da PF.