Na manhã desta sexta-feira, 25, a proposta do curso de graduação em Educação Escolar Quilombola foi aprovada por unanimidade em reunião ordinária do Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Conepe) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A ocasião, em que o processo foi o nono a ser votado pelos conselheiros, contou com representantes de diversos quilombos de Sergipe.
Para o reitor da UFS, Valter Santana, a aprovação do curso de Educação Escolar Quilombola representa um marco de justiça e inclusão para a UFS e para toda a comunidade negra. “Receber representantes dos quilombos sergipanos e decidir juntos sobre o futuro da educação é um símbolo do que queremos construir na UFS: uma universidade que está conectada com as necessidades da nossa sociedade, que valoriza as raízes culturais e que enxerga a educação como um meio de transformação social”.
A professora Edinéia Tavares (DQCI/UFS), vinculada ao Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/UFS) e co-autora da proposta, reafirmou a relevância desta aprovação. “Essa é a primeira vez que no Brasil nós temos uma política para a formação de professores para atuar nas escolas quilombolas. Então dá para a gente ver a dimensão dessa política, a necessidade que nós temos no Brasil de formação de professores”.
Para a coordenadora da Comunidade Quilombola Lagoa dos Campinhos, Silvânia Moura, esta é a primeira de diversas outras vitórias que estão por vir. “Então, eu gostaria de dizer que essa é uma vitória das comunidades quilombolas que tiveram a coragem de se organizar sem financiamento nenhum, por conta própria”.
Ascom UFS