Käfer, Coccinelle, Escarabajo, Maggiolino, Beetle… esses são alguns dos apelidos que o tradicional Volkswagen Sedan recebeu ao redor do mundo. O carro que nasceu para ser acessível e familiar (foi projetado para carregar cinco ocupantes, além de manter a velocidade média de 100 km/h sem ultrapassar o consumo de 13 km/litro de combustível), se tornou muito mais do que isso: tornou-se um dos veículos mais amados e vendidos no mundo.

Apesar de ter sido lançado em 1935, por Ferdinand Porsche, o famoso Fusca só chegou ao Brasil quase duas décadas depois, em 1950. Quando as 30 primeiras unidades do veículo foram importadas e expostas pela família Matarazzo, rapidamente foram vendidas por um valor três vezes maior do que o de avaliação, 60 mil cruzeiros cada.

O auditor fiscal aposentado Nazivan não se desfaz do seu Fusca 1970

Foi somente em 1959 que a Volkswagen passou a produzi-lo no Brasil. E entre 1959 e 1996 (ano em que o modelo deixou de ser produzido por aqui), foram produzidos 3,3 milhões de “besouros”. E a paixão pelo veículo era tanta que, segundo pesquisas realizadas na época, em 1963, ele foi eleito o carro preferido de 82,8% dos brasileiros. Alguns anos depois, em 1972, um em cada dois brasileiros saíam das concessionárias ao volante de um Fusca.

“PAU PARA TODA OBRA”

Com um sistema de refrigeração a ar, câmbio de quatro marchas e um motor de quatro cilindros opostos, o Fusca é um daqueles carros que vão das avenidas das cidades para as estradas. Não só do Brasil, como do mundo. É o que prova a aventura do catarinense Jesse Koz e seu inseparável cão, Shurastey.

Jesse, Shurastey e o Fusca ano 78 saíram de Balneário Camboriú (SC) em maio de 2017 e desde então já rodaram mais de 40 mil quilômetros dentro do Brasil e em mais quatro países da América do Sul. Sempre dividindo as alegrias e perrengues da estrada nas redes sociais. No entanto, o objetivo é ainda mais desafiador: ir de fusca até o Alasca, a última fronteira dos Estados Unidos.

Jesse e Shurastey estão na estrada desde maio de 2017, a caminho do Alasca

“Eu comprei esse fusca em janeiro de 2017 e em maio do mesmo ano decidi viajar com ele. Mas essa não foi a minha ideia inicial, eu comprei porque gostava de fusca. Desde que saímos de Camboriú, já passamos por quatro países, 17 estados brasileiros e nosso objetivo é, até 2020, chegar ao Alasca”, comenta Jesse.

AMOR DE UMA VIDA INTEIRA

Muita gente herda o amor pelo Fusca dos pais, tios, avôs que tiveram, pelo menos, um carro ao longo da vida. Mas para a advogada Bianca Sales esse amor começou de uma maneira inexplicável. Desde criança ela coleciona miniaturas do famoso carro da Volks, feitos em diferentes materiais, mas foi somente quando adulta que ela pôde comprar o seu tão sonhado Fusca, mesmo que não fosse na cor que ela desejava.

“Desde sempre gostei de fusca, e do modelo antigo. Achava charmoso, mas não tenho um evento para definir quando ou como começou essa paixão. Acredito que foi amor à primeira vista. Já era um plano meu comprar um fusca quando pudesse e esse dia chegou. E aí comecei a procura, mas só queria vermelho, não sei porque motivo. Essa cor é mais cara e eu só tinha um determinado valor para comprar. Até o dia que achei, mas, branquinho. Eu não cabia dentro de mim de tanta felicidade”, lembra.

A advogada Bianca Sales coleciona miniaturas de fuscas

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