Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, já realizam testes em humanos para obter uma vacina segura e eficaz contra a chikungunya. O estudo foi apresentado ontem (10), no Rio de Janeiro, pelo infectologista mexicano Arturo Reyes-Sandoval, no Simpósio Desafios e Oportunidades na Pesquisa Clínica em Chikungunya: Produzindo Evidências para Saúde Pública.

A vacina contra o vírus da chikungunya já está em testes em 24 voluntários no Reino Unido e deve passar por uma nova rodada de testagens ao longo do ano que vem, com entre 120 e 150 pessoas no México. Arturo conta que os testes realizados atualmente buscam uma dosagem eficiente para a imunização, que já demonstrou não apresentar efeitos adversos. O estudo no México deve avaliar também a possibilidade de uma vacina que combine a imunização da chikungunya e da zika de forma segura. Caso a pesquisa caminhe no melhor dos cenários, estima, uma vacina contra a doença pode estar disponível em cinco anos.

O pesquisador afirma que, ao contrário de outros vírus, o da chikungunya tem uma capacidade limitada de mutação, o que permitiu que os pesquisadores mapeassem todas as suas formas registradas e criassem uma vacina com base em uma sequência genética que abrange todas e permitisse precaver futuras mutações.

“Estarmos um passo à frente do vírus”, comemora Arturo. Ele afirma que o principal entrave para os avanços no combate à doença eram a falta de conhecimento e de financiamento para as pesquisas. “Historicamente, a grande dificuldade foi a falta de interesse. Agora, a chikungunyua está em muitas partes do mundo e está chegando à Europa. Isso favorece o financiamento.”

A presença do vírus no Brasil e a capacidade de instituições como o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz fazem com que o país seja um importante parceiro para o futuro das pesquisas desenvolvidas em Oxford, aponta Arturo Reyes-Sandoval. 

“Depois de testarmos no México, considero que o país mais importante para finalizar esse desenvolvimento é o Brasil. O Brasil tem capacidade econômica e instituições fortes para poder produzir a vacina.”

Fonte: EBC

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Censo: Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência

    Os dados preliminares da amostra do Censo 2022 mostram que [...]

  • Hemose reforça importância da doação de sangue por aférese para salvar vidas

    O Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), gerido pela Fundação [...]

  • Brasil tem duas praias entre as 50 melhores do mundo e reforça o compromisso com o turismo sustentável

    Dois pedaços do paraíso brasileiro ganharam ainda mais destaque no [...]

  • Analfabetismo de pessoas com deficiência é quatro vezes maior no país

    A taxa de analfabetismo de pessoas com deficiência no país [...]

  • Licenciamento ambiental: proposta aprovada no Senado unifica procedimentos e simplifica concessão de licenças

    O projeto de lei (PL PL 2.159/2021) que cria a [...]