Heleno critica governo de Belivaldo e aposta em Eduardo Amorim
O governador Belivaldo Chagas (PSD) exonerou o Pastor Heleno (PRB) e de todos do grupo liderado por ele em maio e oficializou o rompimento político. A chapa majoritária de Belivaldo já estava desenhada com Jackson Barreto (MDB) e Rogério Carvalho (PT), candidatos ao Senado. Não tinha espaço para o Pastor Heleno que pretende conquistar uma cadeira do Senado. O rompimento foi necessário e o PRB foi abraçado pela chapa da oposição com Eduardo Amorim (PSDB) e André Moura (PSC).
“Decidi ser candidato ao Senado devido a trajetória da minha carreira política. Fui deputado estadual, deputado federal, prefeito e agora quero ser senador para pode contribuir mais com a população. As minhas lutas e as minhas bandeiras, sempre foram bandeiras populares, bandeiras do povo. Eu estava lá quando o Bolsa Família foi criado, eu encaminhei pelo meu partido e votei a favor. Fui o relator do microcrédito, que é conhecido em Sergipe como o CrediAmigo. Eu lutei muito a favor dos produtores rurais endividados, muitos resolveram os seus problemas. Eu defendi muito a expansão da universidade e, graças a Deus, a Universidade Federal se expandiu bem em Sergipe”, orgulha-se.
Heleno disse que o Senado é uma Casa Política das mais fortes da república. “No Senado eu vou poder servir muito mais, principalmente a Sergipe. Irei defender investimentos do Governo Federal, que geram empregos e abrem novos investimentos da iniciativa privada. A Região Nordeste não tem sido privilegiada com obras estruturantes, e isso tem que mudar. O Senado é uma guerra, são três senadores em São Paulo, mas são três de Sergipe também, e eu quero enfrentar, eu quero brigar pelo meu povo, pela minha gente. Meu sobrenome é Silva, como milhares de brasileiros, e no Senado, serei uma voz representativa desse povão”, planeja.
Carreira
O interesse de Heleno pela política começou cedo durante uma campanha que participou em Monte Alegre. “Eu tinha 20 anos e fiz um jungle para a campanha de Tonhão que era candidato a prefeito. Mas até aquele momento eu nunca me imaginei candidato mas o caminho foi natural e eu fui me interessando, gostando de também fazer política”, recorda.
“Na verdade quem me colocou na vida pública foi a Igreja Universal, que em 1998 me lançou como candidato a deputado estadual. E foi interessante o resultado da nossa eleição, porque ninguém conhecia o Pastor Heleno na política, e a igreja foi muito importante naquele momento, foi ela que me incentivou a ingressar na política, que me mostrou que era importante ser um agente público, defender as pessoas mais simples. Ali, há 20 anos, começava minha trajetória política”, explica.
Heleno Silva foi deputado estadual, secretário de Estado da Agricultura no governo Albano Franco, deputado federal durante dois mandatos e prefeito de Canindé de São Francisco.
Cenário político
Neste ano os sergipanos têm 9 opções para votar para governador e Heleno reconhece que a disputa está acirrada. “Tudo ainda está muito aberto, mas com a vantagem para o candidato Eduardo Amorim. Entendo que nós, majoritários, eu e André Moura, temos que cada vez mais, e os deputados, trabalhar a campanha para que o nosso candidato a governador cresça e cresça bem, porque na subida dele pode eleger dois senadores aqui, pode eleger o maior número de deputados federais e estaduais. Historicamente, em Sergipe, quando são três grupos, quando a oposição se divide para enfrentar a situação, isso acontece porque o governo está muito desgastado. E esse atual não conseguiu corresponder à expectativa do povo. Acredito em uma disputa boa e equilibrada, semelhante à que aconteceu em 2002”, aposta.
O candidato a vice-governador da chapa encabeçada por Eduardo Amorim é Ivan Leite, que é também do PRB, mesmo partido de Heleno. “Amorim é o mais preparado para este momento que Sergipe vive, principalmente porque o povo clama por uma estrutura de saúde que possa ajudá-lo, e Eduardo, como médico, entende como ninguém essa necessidade. Ivan Leite vai contribuir muito com a gestão de Eduardo, pois é um político experiente e um empreendedor de sucesso”.
Em relação ao governo Belivaldo Chagas, Heleno disse que não é possível fazer uma avaliação. “Porque se trata de uma sequência do governo de Jackson Barreto. Percebe-se até um certo esforço da parte dele em querer fazer alguma coisa, mas ele não consegue reagir. Está muito difícil para Belivaldo dar uma resposta à sociedade diante dos estragos causados pelo seu antecessor. O Governo está quebrado e eles mesmos já assumiram isso. Não vejo nenhuma luz no fim do túnel para a gestão Belivaldo Chagas”, finaliza.