A cantora Zanny A Musa também está aproveitando a quarentena para alegrar seus fãs fazendo Lives no Instagram. Em entrevista especial ao Olho Vivo, a artista recorda o início da carreira, fala sobre desafios, e agradece o carinho dos fãs.

Confira a entrevista na íntegra…
-Quando você descobriu que tem o dom de cantar?

Meus pais cantavam em um restaurante da nossa família e descobriram o meu talento aos 15 anos. Na verdade eu nem pensava em cantar e sempre quis ser advogada. Mas meu pai sempre me incentivou falando que tenho uma voz linda. Logo comecei a ensaiar com alguns músicos que já tocavam no restaurante e assim surgiu ‘A Morena Bela’ que foi meu primeiro nome artístico.

-Como começou a sua carreia?
Comecei a cantar no restaurante do meu pai todas as noites que tinha som ao vivo. Ele fazia questão que eu subisse no palco. Eu ainda muito envergonhada, às vezes até chorava para não subir. O restaurante era lotado nos finais de semana. Mas o público gostava e me aplaudia sempre. E quando meu pai fechava o restaurante saia comigo em outros bares da cidade para que eu pudesse dar uma canja. Ele ficava todo orgulhoso.

-Recebeu o apoio da família?
Sempre recebi o apoio e incentivo dos meus pais. Meu pai foi o meu maior incentivador sempre, acreditava mais na minha carreira do que eu mesma (risos). A família do meu pai achava ele doido porque ele praticamente me obrigava a cantar. Sempre foi o meu maior fã. Ele nunca desistiu de mim e sempre acreditou que eu fosse me tornar uma grande cantora de sucesso e muito respeitada.

-Quando você percebeu que sua carreira decolou?
Demorou muito, viu? Porque eu não tinha segurança em mim. Mas posso afirmar que decolou quando fiz meu primeiro show sozinha em um barzinho do amigo do meu pai, mas não recebi cachê. Meu pai dizia que eu precisava cantar de coração para apresentar o meu trabalho e mostrar meu talento, não por dinheiro. E aos poucos ele começou a vender meus shows e deu certo. Meu pai passou a fazer parcerias com outros empresários de algumas bandas e minha carreira foi fluindo.

-Já gravou quantos discos e músicas?
Graças a Deus consegui gravar vários CDs e DVDs com ajuda do meu pai, com muito sacrifício. Foram exatamente 8 CDs e 2 DVDs. O primeiro foi ‘Seresta’, naquela época não existia Arrocha, então eu cantava seresta, música boa. O segundo foi ‘Forró das Antigas’, o terceiro disco foi ‘Misturas de Ritmos’, o quarto CD foi ‘Arrocha Quebrando Paradigmas’ e o quinto foi ‘Mais Romântico’. O sétimo foi ‘Pagode e Samba’ e o oitavo ‘Axé das Antigas’. Os dois DVDs foram de Axé.

-Como escolhe o repertório para seus shows?
Bom, procuro escolher sempre com muito carinho e responsabilidade. Acompanhado sempre a modernidade e a depender do ambiente trago sempre cartas na manga com um repertório amplo para todas as idades e todos os momentos porque são sempre únicos e tento levar alegria com canções maravilhosas.

-Você também compõe?
Costumo sempre compor sim. Amo a música. Ela me preenche em todos os momentos da minha vida. Tenho alguns trabalhos autorais como “Me declaro”e História de Amor’. Sempre me reinvento quando estou compondo. É maravilhoso fazer o que amo.

-Como surgiu a marca ‘Zanny a Musa’?
É uma Longa história (risos). Vamos lá, meu primeiro nome artístico foi ‘Morena Bela Meu Pai que Escolheu’. Com o passar dos tempos eu fui buscando uma Identidade para mim. Passei por algumas bandas e tinha que ter um nome artístico. Quando uma amiga sugeriu ‘Zanny’, achei lindo comecei a usar. Então precisava de sobrenome. Veio ‘Zanny Bulhões’ que era um acordo entre o empresário para divulgar a marca dele. Acabamos a parceria e continuei como ‘Zanny’. Como na época eu estava participando de vários prêmios e os meus fãs falavam muito, ‘Vamos votar na Musa’, aí em homenagem aos amores da minha vida, resolvi colocar ‘Zanny A Musa’ e deu certo.

-Como você avalia este momento para os músicos?
Ah! meu ponto de vista, este momento seria assim muito triste. Saber que tem muitas pessoas sofrendo sem poder levar o alimento pra casa para seus filhos. A maioria não tem outra renda. Se trabalha tem dinheiro e se não trabalha não tem nada. Muitos artistas estão passando por momentos delicados mesmo de grande necessidade nesse momento muito difícil com essa pandemia.

-Agora você está fazendo Lives também, como está sendo essa resposta do público? É tempo de se reinventar?
É tempo de se reinventar mesmo, fazer novos planos de vida, tentar trabalhar em casa com a família. É sempre hora de mudar, de virar a página e se reinventar sempre. Há quem acredite em reencarnação. Morrer e voltar em outras vidas, viver muitas vezes. Eu também acredito em muitas vidas, só que em uma mesma. É preciso se reinventar todos os dias. A Terra gira, as pessoas mudam, tudo muda. Recomeçar quando se erra. Levantar-se quando se cai. É preciso saber a hora de nascer de novo. Você pode nascer quantas vezes quiser. Pensando assim, não tenha medo de se arriscar, se jogue. Viva cada minuto como se fosse o último.

-Quais são seus planos para o futuro pós-pandemia?
O futuro me enche de expectativas. Faz-me pensar em quem quero ser quando chegar lá na frente, e os anos acumulados, me tiverem preenchido várias décadas. E quando tiver chegado lá, espero conseguir rir dos meus desacertos e ter mais coragem para tentar o que hoje me causa medo. Desejo ter mais maturidade, para que a opinião alheia não tenha tanto peso sobre mim. Espero ter mais disponibilidade para partir, sem me despedaçar nas despedidas; que eu consiga mudar de lugar, ou de jeito, sem que isso parta meu coração. Quero ter um pouco mais de fé, acreditar piamente que tudo acabará bem e que eu posso me acalmar e esperar esse tempo chegar. Quero conhecer mais gente, sem a obrigação de construir amizades, para que não sejam precipitadas. Quero refletir luz e serenidade, para que se saiba que o tempo me ensinou o devido valor de cada coisa. Quero dar mais valor ao menos, aos pratos simples, aos sentimentos descomplicados. Não pretendo mais correr da chuva; espero correr para o abraço, para comemorar este jogo maravilhoso que é a vida. Quero ter a ousadia de arrancar meus chinelos ou sentar a sós comigo na praça sem ter medo do que pensarão de mim. Espero não ter receio de dias nublados, por ter aprendido que a chuva é tão indispensável quanto o sol. Desejo rir à vontade. Eu e as marcas de expressão que a passagem do tempo quiser me dar. Quero ter uma presença luminosa, uma alma esperançosa, uma alegria fabulosa. Quero ser diferente, porque os protocolos e os modos pré-concebidos são para aqueles que não perceberam que a vida é uma oportunidade imperdível. Espero viajar, ao redor do mundo, ou para uma nova idade, e absorver os ensinamentos que essa mudança me trará. Que eu saiba conviver com meu semelhante e respeitar suas diferenças, e suas opiniões contrárias.

-Deixe uma mensagem para seus fãs…
Desejo que Deus abençoe todos vocês e quero que saiba que cada um de vocês que me acompanha e curte o meu trabalho me deixa muito feliz e me faz sorrir todos os dias Mesmo sem querer, sem saber, me faz muito bem e sou muito grata por todo o carinho que recebo. Não seria nada sem meus fãs, cada um fã é uma estrela que brilha para mim, o fã é o combustível para qualquer artista. Sou grata a Deus pela minha vida, pela minha família, pela minha história e peço proteção e mais paz para todos.

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